A área urbana junto ao Parque das Nações é caracterizada por fragmentos de cidade, que têm como elemento conectivo o espaço aberto, o principal recurso que a cidade contemporânea dispõe para transformar o conjunto de fragmentos numa estrutura orgânica. A urgência para estes lugares consiste numa estratégia de reconexão dos fragmentos trabalhando a forma peculiar do espaço urbano aberto.
A área de intervenção é um intervalo de terreno entre diferentes realidades:
A Noroeste, a área residencial, onde prevalece o quotidiano; A Sudeste, a área da estação, que transcende a ordinária quotidianidade do local.
Neste contexto, global/local, o projecto propõe uma nova organização físicoespacial mediante uma área de transição entre dois espaços públicos inseridos nas principais cotas do terreno.
Uma imponente escadaria liga os novos espaços, aparentemente iguais, mas com finalidades bem distintas: O espaço à cota da estação configura-se a partir do sistema de "praças" existentes, dialogando com a escala e a vida do mundo global. O espaço à cota do bairro, disposto segundo a matriz do edificado existente, está predisposto a receber uma variedade de programas ligados ao quotidiano local.
Prevê-se um único volume, com altura constante, que delimita o espaço público proposto e define um plano horizontal de referência.
Os vários níveis entre as duas cotas principais recebem as áreas comerciais e estacionamento público. Propõe-se um outro parque de estacionamento, em altura, como protecção das habitações e escritórios do ruído da ferrovia.